Vinho do Porter
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
O vinho de região demarcada está cada vez mais associado ao conceito de exclusividade, da mesma forma que o turismo exclusivo é cada vez mais procurado.
Será que o sector vitivinícola tem também evoluído?
Mas esta melhoria não acontece por acaso. Os objectivos traçados pelo Monitor Group de Michael Porter, no estudo apresentado em Maio de 2003 estão a ser seguidos e só a famigerada crise veio empatar um pouco.
Mas eis que os principais e mais conhecidos projectos empresariais do sector, como é exemplo a Finagra (Herdade do Esporão), começam a adquirir mais propriedades. Neste caso específico trata-se de uma estratégia para alargar a gama de produtos, entrando no Douro. Porém outros aproveitarão para aumentar volume, factor também importante neste mercado.
Somos o 11º produtor mundial e o 4º europeu, mas a aposta terá de ser pela qualidade.Um dia o 1º lugar da Wine Spectator vai ser português, e este ano já fomos 3º (Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas 2005).
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Retalho : Oportunidade 2.0
O BNP Paribas publicou o primeiro trimestre negativo da sua história. A Qimonda em insolvência. A Morgan de Toi pede protecção de credores. A crise não pára e também no imobiliário comercial em Portugal já se sente: abrandamento na maioria dos novos centros comerciais em construção – por problemas de financiamento e sobretudo de dificuldade na comercialização de lojas, um factor fundamental para o sucesso das operações. Estes investimentos são de longo prazo e não podem ser condicionados por problemas de curto, pelo que a solução passa por suspensão de projectos ou adiamento.
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A mulher de César
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Soube-se na semana passada que em Dezembro, uns dias antes da aquisição se concretizar, foram pagos milhares de milhões de dólares em prémios variáveis aos quadros da ML, ao que consta sem a permissão do seu comprador, o BoA. A polémica está a dar que falar e, entretanto, o principal executivo da ML, John Thain, aquele que negociou a venda da empresa e que agora ficaria na administração do BoA, já foi demitido. Independentemente de quem tenha dado a ordem final, não é aceitável que os prémios sejam pagos. Na verdade, os accionistas de ambas as instituições deviam exigir a sua devolução. Porque o primeiro critério na atribuição generalizada de prémios tem sempre de ser o sucesso global da instituição e só depois a contribuição individual de cada um para esse sucesso.
(Artigo publicado no jornal Meia Hora a 27/12/2009)
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Ajustamentos
terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Algumas empresas já começaram a retirar benefícios imediatos deste cenário, bombardeando-nos com promoções inéditas e dicas de como poupar. Há, no entanto, um caminho mais estruturante que fortalece o relacionamento com o cliente e a imagem da marca: capitalizar em mensagens de durabilidade, eficiência e racionalidade, características que os consumidores procuram agora avidamente para justificar a compra.
Outra via importante passa por apoiar os clientes no cumprimento das suas obrigações, num momento em que se sentem inseguros ou precisam de apoio. Proactivamente, as empresas devem prever situações de dificuldades financeiras dos seus clientes, identificando as alterações nos padrões de consumo. Numa atitude mais reactiva, especificamente em acções de cobranças, é importante rever processos e repensar políticas de fidelização. As empresas que se mostrarem compreensivas e apresentarem alternativas e soluções flexíveis, surpreendendo os clientes quando estes menos esperem, terminarão este período de trevas mais fortalecidas do que as suas concorrentes.
Perante esta mão amiga, os consumidores tenderão a permanecer mais tempo fiéis às empresas, que através destas acções com eles fortalecerão as suas relações.
Andreia Pinho
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PuraMente #3 - "Marketing Metaphoria"
Nome: Marketing Metaphoria
Autores: Gerald Zaltman e Lindsay Zaltman
Data: Abril de 2008 - Harvard Business Press
Frase: "We are deeply alike"
Keywords: Metáforas; Consumidor; Conceptual Blending; Deep Thinking;
Apreciação: ***
Filipe Garcia
Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros
Publicado no jornal de Negócios em 27 de Janeiro de 2009
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Modelos da Suécia
domingo, 25 de janeiro de 2009
Goste-se ou não a nacionalização de grande parte do sistema bancário ocidental é muito provável.
É o chamado “Modelo Sueco”, utilizado no início da década de 90.
De acordo com o modelo os bancos são totalmente nacionalizados e os depósitos são salvaguardados. Os accionistas perdem tudo e a gestão dos bancos é substituída - como tem que ser. Os bancos são forçados a reconhecer todas as perdas e posteriormente são recapitalizados pelo Estado. No caso que ocorreu na Suécia isso resultou na separação dos “maus activos” e a sua colocação num único banco, denominado de “bad bank”. Isso permitiu concentrar as actividades de banca tradicional, rentáveis, em instituições viáveis e que passaram mais rapidamente para o sector privado.
Até agora os governos preferiram intervir caso a caso, mas é possível que sintam a necessidade de um movimento de nacionalizações mais amplo. Não é uma solução sem custos. Mas é uma saída que está a ser equacionada para conseguir a estabilização do sector financeiro, sem a qual não será possível uma recuperação económica sustentável.
Economista da IMF
Artigo publicado no jornal Meia Hora de 26 de Janeiro de 2009
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Pesadelo
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Ao mesmo tempo, a banca, o epicentro desta crise, permanece intoxicada com activos perdedores. A situação é de tal forma séria que certas correntes de opinião defendem a criação de um banco público cujo objectivo seja, exclusivamente, a absorção dos chamados activos tóxicos. Algumas estimativas apontam para que a dimensão desse conjunto de activos mal parados, inicialmente na esfera dos créditos hipotecários mas que entretanto se alastraram a outro tipo de créditos, e que ainda não foram amortizados seja superior a 1 trilião de dólares – cerca de 7,5% de todo o PIB norte-americano. Acrescentemos a este valor um outro tanto, que foi amortizado durante o ano passado, e temos que mais de 15% da economia norte-americana está mal parada. E em Portugal, será que mergulharemos deste modo?
Artigo publicado no jornal “Meia Hora” a 23/01/2009
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Crises -What its psychological and social impact?
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Is there some relevant impact of psychological behaviour on the actual crises?
Thus, what are the main psychological and social mechanisms in it?
The reality and the crises dimension could never been known and this uncertainty should be the principal as a determinant, like the uncertainty principal. Don’t you agree?
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Conseguirá Obama evitar a 2.ª Grande Depressão?
Os economistas acreditavam possuir as ferramentas e os conhecimentos necessários para evitar as crises económicas profundas. Na verdade, o paralelismo entre a situação actual da economia norte-americana e o período que precede a Grande Depressão é impressionante. O desemprego está a aumentar, a expectativa de deflação é real, os bancos não concedem empréstimos e as empresas e os consumidores não estão a gastar.
Numa altura em que a Reserva Federal já baixou a taxa de referência para próximo de zero, constata-se que a política monetária falhou, tendo em conta que o crédito permanece escasso e a economia continua em queda. Para Paul Krugman, o mais recente Prémio Nobel da Economia, apenas o aumento maciço da despesa pública poderá evitar uma 2.ª Grande Depressão, seguindo o raciocínio de Keynes, o economista mentor do New Deal de Roosevelt.
Nas actuais circunstâncias económicas, Barack Obama, que anteontem tomou posse como 44.º Presidente dos EUA, é visto como um Salvador, prometendo com o seu “Plano Americano de Recuperação e Reinvestimento” revitalizar o mercado e inverter o colapso da confiança.
Uma falha neste plano poderá ter consequências devastadoras para os EUA. Esperemos assim que o Congresso não demore meses a aprovar o plano económico de estímulo, repetindo o erro de 1931. Lembremo-nos que a crise eclodiu em 1929 e apenas em 1933, com o novo Presidente Roosevelt foi implementado o New Deal. Até essa data, desapareceram mais de 4 000 bancos e o desemprego atingiu 25%.
Susana Peixoto
Docente do IDEP
Artigo publicado no jornal Meia Hora a 22/01/2009
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PuraMente #2 - "Hot, Flat and Crowded"
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Depois da obra "O Mundo é Plano"(05), livro mais lido dos últimos anos e que estudava a globalização de uma forma pragmática e muito real, o incontornável Thomas Friedman (colunista do The New York Times e vencedor de três prémios Pulitzer) volta com Hot, Flat and Crowded. Entre os que esperaram o seu pré lançamento, havia algum receio que a obra fosse "mais do mesmo", para tirar proveito financeiro do auge da sua obra anterior, que entretanto entrou em fase madura na maioria dos países evoluídos (ainda se encontra nos tops em alguns outros). Felizmente, tal suposição não se confirmou. A obra tem vida própria.
Pedro Barbosa
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Citi(un)group - A Justiça?
Uma primeira questão é a subsistência do modelo. O futuro da banca (e não só) passa por abandonar os conglomerados e focar na especialização? Os bancos não estarão em dificuldades por determinadas áreas contaminarem negócios mais seguros? Os gestores terão subestimado a ocorrência dos "cisnes negros" - acontecimentos improváveis, mas com consequências terríveis? As estratégias de conglomerado aumentam a probabilidade desses eventos, mais do que compensando as vantagens?
Provavelmente o caso Citigroup tem a ver com a cultura da empresa. Relembremos alguns casos. Recentemente o banco foi condenado em $14 milhões por literalmente roubar os clientes. Provou-se que de 1992 a 2003 uma rotina informática retirava dinheiro intencionalmente das contas de clientes mais pobres ou recentemente falecidos. O esquema foi denunciado internamente, mas os gestores de topo decidiram nada alterar. Em 2004 o "Citi" manipulou o mercado de obrigações e em 2007 estava envolvido num escândalo com dinheiros públicos noruegueses, isto entre uma série de multas milionárias impostas pelos reguladores.
Há apenas que lamentar pelos efeitos na economia mundial, porque relativamente aos gestores do "Citi" parece estar a ser feita "justiça"!
Filipe Garcia
Economista da IMF
Artigo publicado no jornal Meia Hora em 21 de Janeiro de 2009
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Alguém lhes explica?
terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Cedo perceberam os marketeers das duas empresas que o pipeline de crescimento estava no mercado dominado pelo seu concorrente, tendo criado estratégias com a finalidade de globalizar a marca, retirando-lhe componentes locais ou mesmo filosoficamente tribais. Chegaram a estar em investimentos puramente cruzados, com o Super Bock Super Rock a realizar-se só em Lisboa e a Sagres a canalizar os investimentos mais importantes para o Porto e para a sua Queima das Fitas. A fase seguinte e mais recente é de maior racionalidade. As marcas investem os seus budgets de publicidade em formatos nacionais com estratégias maduras, que vão sendo complementadas com side-stuff, como o lançamento de novos sub produtos debaixo do umbrella, patriocínio de eventos experenciais e outros veículos complementares.
É neste cenário que recebi com estranheza duas noticias que a Centralcer cedeu ao mercado no mesmo dia. Por um lado, a decisão de patrocinar a camisola do Benfica, não fazendo o mesmo nos outros dois grandes do futebol português, correndo riscos de ser um novo Parmalat. Por outro, a vontade expressa publicamente de acabar com a maior proximidade que a Super Bock consegue ter no público regionalmente mais a Norte. Alguém lhes explica o significado da palavra coerência?
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Preços em crise
Esta importãncia é superior no caso da relação “business to business” onde diferentes posturas em preço podem de facto fazer a diferença neste momento de capacidade excedentária. Veja-se por exemplo as últimas notícias relativas ao mercado do alumínio onde as grandes empresas estão a anunciar elevados ajustes de capacidade com encerramento de unidades de transformação e consequente ajuste de preços no sentido de recuperar a rentabilidade no sector. Não estou com isto a dizer que devemos começar a subir preços de uma forma generalizada, mas que em momentos extremos os preço deve ser usado como ferramenta, sendo o mais importante a utilização concientemente e não seguindo percepções generalizadas do mercado.
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Thomas Jefferson
domingo, 18 de janeiro de 2009
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O meu tractor é melhor que o teu
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

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Um Estado Amargo
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Preocupantes, sobretudo, pelo exemplo. Com a substituição da mão invisível pelo pai protector, reina uma ideia de facilidade na abordagem aos sérios apertos que enfrentamos. Há um banco que se afunda? Nacionaliza-se diluindo as perdas. Um sector em crise? Alargam-se os milhões de apoio. Empresas pouco competitivas? Facilita-se o crédito. Ainda que algumas destas medidas sejam imperativas, impõe-se acompanhamento por outra visão – aquela de fundo, estrutural, dirigida ao âmago do problema e não aos seus sintomas.
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Etiquetas: Luís Ferreira
PuraMente #1 - "O Mundo é Plano"
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Nome: O Mundo é Plano
Autor: Thomas Friedman
Data (Original): Abril de 2005
Frase:"Todos têm a oportunidade de entrar no jogo"
Keywords: Concorrência Global; Foco nas Aptidões; Mudança e Oportunidade; Outsourcing; Insourcing; Supply-Chaining; Globalização
Apreciação: ****
"O Mundo é Plano" não se pode considerar uma novidade. Já foi lido por muitos milhões de pessoas e mesmo em Portugal goza de alguma popularidade. Se o livro já foi importante para ajudar a perceber o alcance da globalização numa conjuntura de crescimento económico, volta a ser obrigatório ler ou reler para entender hoje o espectro e velocidade da crise financeira e económica instalada.
Destinado a todos sem excepção, mas sobretudo aos que de uma forma imparcial tentam entender o mundo, o livro fala de uma série de eventos que resultaram numa transformação histórica. Actualmente existem menos obstáculos a todos os níveis, sendo que a distância e as fronteiras perderam muita da sua relevância. Dessa transformação resulta um conjunto de oportunidades. Ou seja, a globalização não é geradora de pobreza e injustiça, mas antes nivela o mundo. Promove maior igualdade de oportunidades, sendo possível concorrer no mercado aberto focando nas aptidões próprias.
Este best seller de Friedman tem mais de 500 páginas, mas o leitor fica mais do que esclarecido lendo apenas a primeira parte - "Como o mundo se tornou plano" (190 pág.). Mesmo assim sujeita-se a algumas repetições, mas que não são demasiado maçadoras por se tratarem de exemplos interessantes. O autor enumera dez eventos que mudaram o mundo, sendo os mais importantes a queda do muro de Berlim e o progresso tecnológico em sistemas de informação. Friedman apoia a sua argumentação na observação empírica e na ideias de David Ricardo - a especialização e a troca contribuem para o bem comum.
Vale a pena conhecer ou voltar a este livro para compreender porque a crise actual é global, propagando-se em dias a todo o mundo e reconhecer que a teoria do "decoupling" dos países emergentes era irrealista.
Filipe Garcia
Economista da IMF
Artigo publicado no Jornal de Negócios em 13 de Janeiro de 2009
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The Lisbon MBA : Proteccionismo
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
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Vícios da banca
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
A verdade, porém, é que os abusos sobre os clientes acumulam-se ano após ano e não se registam apenas no domínio daquelas pequenas comissões que ninguém nota, mas cuja cobrança, multiplicada por milhares de clientes, resulta em receitas significativas para os bancos. Há outros vícios na banca. Por exemplo, as taxas de juro que em alguns casos são enganosamente publicitadas e noutros são mal arredondadas. Sempre em prejuízo do cliente. Ou então, os depósitos a prazo que nem sempre o são. E, também, os fundos de investimento com risco, mas que na sequência de anos de conjuntura positiva nos mercados são apresentados como veículos sem risco. Enfim, a ética deve preceder o lucro. A transparência em lugar do embuste. E a simplicidade em alternativa à sofisticação.
(*) Artigo publicado no jornal “Meia Hora” a 9/01/2009.
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Economistas Humanos
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
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Sustentabilidade
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Confuso ou Confundido?
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

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A caminho de Copenhaga
No entanto em 2009 poderá ocorrer a passagem de testemunho ou a partilha deste papel de liderança, com o “efeito Obama” a atingir o combate às Alterações Climáticas. A UE e os EUA, agora com nova administração, reconhecem a urgência deste combate, encarando-o como uma oportunidade para desenvolvimento de novas tecnologias, materiais e práticas energeticamente eficientes, garantindo ainda a promoção do emprego nestas áreas (a UE prevê 1 milhão de empregos na indústria das energias renováveis em 2020).
O ano 2009 será decisivo para uma nova agenda no combate às Alterações Climáticas. Dezembro reservar-nos-á a definição de um conjunto de compromissos mundiais que consagrarão o sucedâneo do Protocolo de Quioto. Será que no nosso léxico vai passar a existir a expressão “Protocolo de Copenhaga”? Faltam só 335 dias.
Artigo publicado no jornal Meia-Hora de 5 de Janeiro de 2009
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Vale a pena voltar a ler...
Hoje está a falar-se deste assunto.
Sexta-feira, 7 de Novembro de 2008
Para que serve a certificação energética de edifícios?

Acontece porém que também as habitações usadas serão alvo desta nova normativa, com implicações directas na vida dos portugueses, ao nível do tempo e do dinheiro despendido.
De facto, já a partir de Janeiro de 2009 todos os portugueses que queiram vender a sua habitação, ou até mesmo alugá-la terão de apresentar, no acto da escritura, um certificado energético da fracção em causa.
Mas afinal qual é a vantagem deste sistema? Se por um lado se compreende a sua obrigatoriedade para os edifícios novos, permitindo assim uma redução da energia total consumida, no caso das habitações usadas esta vantagem não se põe. Efectivamente, as habitações usadas não são obrigadas a obter um determinado nível energético, servindo o processo de certificação apenas para as classificar. Trata-se portanto de um puro sistema de diferenciação. Falta saber é que valor terá esta classificação para o consumidor, será ele sensível à classificação energética? Deixará ele de comprar por causa de uma letra C ou D? Sobre esta matéria não há grandes certezas, embora seja previsível que esta sensibilidade aumente ao longo do tempo. Certo, é que a partir de Janeiro todos os portugueses terão que suportar mais esta despesa, que não será pequena, se quiserem vender o seu imóvel.
Publicada por Jorge Serra
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"O dia em que a SEC mudou o jogo"
sábado, 3 de janeiro de 2009
Começa a perceber-se que não é bem assim e que os reguladores são, de facto, responsáveis por parte importante do que sucedeu. É a velha questão entre o polícia e o ladrão. Se a polícia é ineficiente, o crime tende a aumentar. De quem é a culpa? Do polícia ou do ladrão?
"A água corre por onde lhe é mais fácil" e por isso há que ser crítico às ineficiências de polícias, reguladores, supervisores e equiparados, quando ainda por cima exercem o seu poder com meios e de forma quase ilimitada. E já é assim que os reguladores de mercado actuam.
O que já se sabe é que uma decisão no mínimo negligente por parte da SEC - The Securities and Exchange Comission - tomada em Março de 2004, abriu as portas aos exageros que com impacto negativo em todos os habitantes do globo, sem excepção. Com esta medida a SEC permitiu que os bancos de investimento se alavancassem muito para além do recomendável, num contexto de início de bull market.
Sabe-se lá quais os reais motivos da decisão. Pode ter sido o efeito de lobbying, de inépcia ou de de groupthink (do tipo que levou ao "acidente" do vai-vem Challenger). Só que desta vez o desastre, igualmente terrível, é bem mais global.
Recomenda-se ver neste link a reportagem do NY Times.
http://www.nytimes.com/interactive/2008/09/28/business/20080928-SEC-multimedia/index.html
Publicada porUlf à(s) 11:56 0 comentários
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